Rosana Souza

Rosana Souza
Asas da Liberdade

sábado, 28 de maio de 2011

VERDESPERANÇA



Vem ser asas dos sonhos que carrego,
vem içar as velas do barco que navego.

Vem ser a minha esperança quase perdida,
vem curar a ferida mais doída.

Vem soprar o vento que desalinha meu cabelo,
vem mostrar o reflexo em meu espelho.

Vem cantar a minha música preferida,
vem colorir de verde a minha vida.

Vem trazer a fé dos loucos que eu perdi,
vem ser a alegria para eu sorrir.

Vem, traz mais sonhos pra eu sonhar,
vem trazer um novo ar pra eu respirar.

Vem inspirar um poema que eu ainda não escrevi,
vem, faz parte da história que eu ainda não vivi.

Vem, traz o teu verde pra me enfeitiçar,
porque o azul, bem sabes, eu já tenho pra te dar.


Rosana Souza.

sábado, 14 de maio de 2011

SONHO QUEBRADO


As asas dos meus sonhos se quebraram.
Não sei se foi na pressa de sonhar,
se foi na espera do tempo,
se na ânsia de voar.
Porque o tempo é um engano,
mesmo que carreguemos
nas asas da esperança,
os sonhos que fazemos
de somente querer amar...

Rosana Souza.


sábado, 7 de maio de 2011

Para Minha Mãe (em memória)






MÃE...
RosanAzul

Mãe, 2 anos sem a senhora aqui.... parece toda a eternidade...

Mãe,
Hoje queria teu colo
Para chorar a minha dor
Nas lágrimas da saudade
Que chegaram-me no vento
No temporal desta tarde.
Mãe,
Eu queria tanto ter tido um jeito
Para tirar todo aquele sofrimento
Sobre ti derramado.
Não sei como posso medir a dor,
A dor não tem medidas...
Mas sei do pavor
Que foi te ver sofrendo Mãe.
Muito embora eu compreenda
Todas as justificativas,
Causas e efeitos dele,
Mas tu eras e és a minha mãe
E mãe é mãe e pronto.
Não tem o que mude isso.
Não sei ainda como pude
Ter forças para teus olhos fechar,
Se não pelo mesmo amor
Que nos uniu
Quando meus olhos ao mundo abriu...

Rosana Souza
03/2009

quarta-feira, 4 de maio de 2011

VERSO E REVERSO

Minha alma na tua alma se espelhou. Em reflexos azuis te encontrou, poeta e domador de ilusões. Em gargalhadas coloridas pintou o meu sorriso do arco-iris mais tingido que aplaudiu bela manhã, trazido pelo sol num beijo cingido e singular no frescor do hortelã com o hálito maduro da tua embriaguez desesperada na sede de me amar.
Senti os teus sentidos, lapidando meus gemidos, sôfregos de espera, banhados de saudade de quem quase desespera, mas que não desiste dela, por amar e por amor, se desmancha, vira espuma borbulhante e cristalina, num doce pranto que alucina, brindando o (re) encontro do grande amor...
Passa na minha cabeça de vento, a trilha sonora do momento, encontrada no silêncio, na sinfonia dos pardais num caminho lá de fora ouvida muito embora, nos quatros cantos dessa terra essa mesma melodia na hora da Ave Maria, alegoria de quem ora, tem a fé de um inocente, que por não saber o que é, crê sem ver no existir.
Agora, só me resta a ESPERANÇA dos meus sonhos de criança, onde guardei meu coração a tua espera meu AMOR...
Rosana Souza - (Prosa poética 2008)