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Num adejo cadenceado das asas da águia,
viajam meus sonhos,
semeando-se ao vento.
São sonhos cansados, que vinham arrastados
pelos grilhões do tempo.
Aos poucos se dessipam...
Alguns espalham-se em torvelinho
com as níveas nuvens do céu.
Outros caem debatendo-se nas espumas alvas do mar
Náufragos solitários não cumpriram seu destino.
Por fim, bravos sobreviventes
agarram-se em cintilantes penas
e em forma de um poema
cruzando o destino, o sonho encantado
suspira a esperança de alguém que o espera.
Segue então o seu caminho
corta a luz vence o trovão
O sonho que agora viaja alado
toma a sua direção
e segue cantando seu próprio fado.
Rosana Souza.
Querida amiga Ro.
ResponderExcluirLindo este seu poema. Estava a tentar pegar numa frase para destacar, mas não encontro.
Todo o poema é um encadenado de frases muitos sensíveis, que se completam num entrançado de sentidos, paixões, de sonhos e de amores desencontrados que buscam, o caminho certo, ou seja:
"toma a sua direcção
e segue cantando o seu próprio fado".
Beijos
Victor Gil