Rosana Souza

Rosana Souza
Asas da Liberdade

domingo, 22 de fevereiro de 2009



"O CAVALEIRO DA ROSA" dos meus sonhos...


Desde o nosso momento primeiro,
Aquele único e verdadeiro
Com o sol radiante a leste
Sensações que não se esquece
Apenas no peito adormece
Do que aponta o destino
Com pretexto de acaso
Em querer fazer um sonho
O amor cosmicamente celebrado
Diante do Shekinah
No altar de Ísis,
sob o olhar de Hórus.

Foi naquele momento,
Que vi tudo ao mesmo tempo
E sem ver, te reconheci
Com os olhos da alma despertos
Ávidos e inquietos
Viram toda a tua senda,
Todas as almas amadas,
Toda lágrima derramada,
Tantas foram as despedidas
Algumas apenas saídas
Do âmago das verdades contidas
Porém confusas que às outras
Se misturam num coquetel
De aromas, cores e sabores...

Vi o teu sorriso em céu aberto
E até os escondidos!
Vi todos teus sonhos sonhados,
Alguns já vividos
Outros porém desfeitos.
Alguns alinhavados por viver,
Dormitam em alvas nuvens.
Muitos que não ouso dizer,
Pois que nem tudo pode ser dito,
Embora que em sonhos habite
Os teus sentires inauditos
Na dimenção dos meus, eu acredito
E os meus sonhos eu pinto
Com as cores da certeza
Nas entrelinhas alquímicas,
Do saber hermético.
Pois Juntos, somos uma só semente
Lançadas ao mesmo solo,
Basta apenas “dar a natureza
O espaço adequado para operar!”

Vi também o véu que
Cobre a tua doçura,
Aquela que teimas esconder
Por detrás da armadura
Do “Cavaleiro da Rosa”
Ainda que prevaleça
A magia na dança terna e eterna
No ruflar indelével
Daquele momento onde
Juntos brindamos e consagramos
O que já estava escrito
E nada mais foi que transcrito,
O que para nós já é verdade,
Mas que embalas ainda em sonhos
De nobres essências,
Harpejada pela lua lírica,
Numa cantiga doce e leve
Pois aceitar o real não te permites
Por saber que juntas, nossas almas
Ganham imensurável altura.

Ainda que a noite seja escura
Entalhada em ébano
Pelas mãos alabastrinas do artífice,
Algo bem maior nos guia
À nossa luz original
E não há nada igual,
Nem bem maior que o nosso.
Por isso sonhar eu também posso...
[“Alma da fé tem dessas florescências
Mesmo na morte ressuscita e brilha"*]

Esperando assim, teu despertar
Na maturação do axioma
Por ti já conhecido,
No secreto e místico sacrário
Entalhado pelo álamo sécular
Sob a guarda do templário.

Basta que voltes àquele momento,
Que foi infinito no tempo
E não mais que um minuto,
Total e absoluto,
De só quem sabe reconhece:
Ao abrir a porta do “castelo”
No transbordar do abraço eterno
Onde tocamos o eterno intocável,
Na taça do amor maior
E esse mistério tão meu,
Carregado pelo ventre do vento
Do saber de ti,
Vem de quando deixastes a tua
Alma sol
Adormecer em meus braços,
Alma lua!
reverberando
Num sonho piramidal e todo Azul!!
Foi o TEU QUERER em meu SER...
Na busca da Pedra Filosofal,
Sonho eterno,
Fidelidade Mística
Do eterno Buscador...

Rosana Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário